Estima é o sentimento de carinho e de apreço por uma pessoa. É também admiração e respeito, advindo do reconhecimento do valor da pessoa.
Lindo não é? Pense nas pessoas pela qual você sente uma profunda estima, um profundo reconhecimento do seu valor.
E quando a gente fala de auto-estima, não significa que ela é muita ou pouca, alta ou baixa, mas auto com u, que significa estima por si.
É tão fácil ter esse sentimento pelas outras pessoas, mas e por si?
Você se sente digno de carinho e apreço? Você admira a pessoa que se tornou? Ou se compara, preferia ser outra pessoa? Ou será que me submeto para agradar e nego a minha essência?
Considero um grande desafio assumir ser quem você é.
Mas sabe o que acontece? Quando você deixa de ser você para agradar o outro, você espera reciprocidade, ou seja, espera que o outro faça o mesmo por você. Você dá o seu poder para o outro. Você entrega a responsabilidade sobre a sua felicidade para o outro. É o elogio do outro, o reconhecimento do outro que gerará dopamina, prazer e felicidade em você.
Faz sentido? E qual seria o outro caminho?
O outro caminho é eu não me comparar com nenhuma fórmula ideal, nem de corpo, nem de status, nem de cultura, nem de performance. Você pode querer sim ser melhor, mas porque ser melhor em determinada área te deixa mais feliz, não para impressionar o outro.
Tudo isso que eu escrevi até agora é simples, talvez você já saiba tudo isso. Então como mudar?
Trazer consciência para os seus atos é o primeiro passo. O nosso cérebro é preparado para fazer tudo no piloto automático, pra não gastar muita energia pensando. Ele quer poupar energia. Isso é muito bom, por exemplo para dirigir. Você não precisa ficar pensando no que vai fazer, qual marcha você deve usar, você faz tudo no automático.
Mas não é legal colocar no automático hábitos horríveis, como por exemplo, o hábito de se comparar, de achar que nunca está pronto, que não é bom o suficiente. Quando você compreende e desperta o desejo de mudar, de se valorizar, de desenvolver sua auto-estima, apenas o fato de perceber suas ações, o fato de estar mais consciente, já é um passo para a transformação.
Uma vez que você percebe quais são os momentos em que você se diminui, somente aí você tem a oportunidade de desenvolver uma nova visão, que seria seu segundo passo.
Para desenvolver esta nova visão, você precisa identificar qual crença está por trás daquela ação. Por exemplo, você está saindo com aquela pessoa mais velha, mais experiente, super bem sucedida e enquanto sua estima pela pessoa está lá em cima, a sua estima por você está lá embaixo. Para a pessoa todo o reconhecimento do mundo e para você nada.
Visualize em quantas coisas você é bom, em quantas coisas você é foda. Relembre algum momento onde se sentiu vitorioso. Pode ser qualquer momento, inclusive da infância.
Eu tenho um momento que vivi quando eu tinha uns 5 anos, que minha mãe me fantasiou de baiana, e naquela época (agora eu entreguei minha idade rsrs), as escolas de samba desfilavam nas avenidas dos bairros. (Hoje eu não vejo mais isso). E ela me levou fantasiada para assistir o desfile e os sambistas me colocaram para dentro e eu desci sambando a avenida. Toda vez que lembro dessa situação eu me sinto feliz, eu me sinto orgulhosa, me envaideço. São esses sentimentos que despertam em mim.
Então a idéia é que você relembre um momento da sua vida onde você se orgulha, e só de pensar você sentirá na pele tudo que já vivenciou. Você vai sentir estima por você e vai transparecer isso para o outro.
O nosso cérebro não diferencia o que é real do que não é. Logo, se você mantiver o hábito de sentir estima por você, o seu cérebro passará a fazer isso de forma automática, criando novas conexões neurais.
Por último, como terceiro passo, cada vez que você fizer isso por você, cada vez que se superar comemore! Pode inclusive se presentear. Quando você valoriza o seu sucesso, a sua superação e se parabeniza você gerará mais dopamina, que é um neurotransmissor super importante, gerado em situações de prazer e de felicidade, então quando você aprende que se valorizar te causa prazer , automaticamente você passa a repetir esse padrão de auto-valorização, de auto-estima.