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Solta que vem

O poder do soltar é o poder do desapegar.

Outro dia uma pessoa me ligou querendo agendar uma sessão de massagem tântrica, e por mais que eu explicava que não era uma masturbação, que é uma massagem terapêutica, a pessoa insistia em sexualizar a coisa. Eu expliquei umas 7 vezes e a pessoa continuava a insistir, comecei a me irritar.

Fiquei refletindo porque eu estava tão irritada, era só o pensamento dela. Porque estava tão incomodada só porque uma pessoa tinha um pensamento diferente do meu?

Foi então que caiu a ficha do soltar. O meu sofrimento estava em tentar convencer a pessoa a pensar como eu. Eu havia explicado 7 vezes a mesma coisa, tentando convencê-la a pensar como eu. O fato é que para algumas pessoas a massagem tântrica é só uma masturbação, e está tudo bem. Quando eu solto, eu me permito respeitar a pessoa.

Existem várias pessoas, a maioria na verdade, que entendem o quão profundo e transformador é uma massagem tântrica, mas ele em específico não entendia. Mas eu queria convencê-lo a entender.

Percebi que muitas vezes fazemos isso em nossas relações. Ficamos argumentando, querendo que o outro pense como a gente, ou então que nos valorize e nos reconheça, ou mesmo que nos respeite. Quando insistimos com o outro, de uma certa forma, não estamos respeitando quem ele é. Nos julgamos melhores. Simplesmente somos diferentes.

Então solta! Solta no seu relacionamento também. Porque você insiste que tem que ser essa pessoa que vai te respeitar, te valorizar e pensar como você?

Quando você solta você não se irrita, porque seu desejo quase infantil, de que tem que ser essa pessoa se desfaz. Quando você não se permite se irritar com o outro, de uma certa forma, você também se respeita, porque você deixa ele com o que é dele e fica com o que é seu. Você não perde sua paz, você cuida de você.

E quanto mais você cuida de você, menos dependência dos outros, mais inteiro você se torna. Quando você se ama, você se cuida, você se valoriza, somente assim, você poderá ser amada, respeita e valorizada. Primeiro tem que vir de você. Então solta, que vem.

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